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terça-feira, 10 de agosto de 2010

Girias usadas no festival do Boi-Bumbá

Agecom: Agência de Comunicação da da UFRN-Universidade Federal do Rio Grande do Norte (www.agecom.am.gov.br).

Alegoria: Estrutura artística, que serve como cenário.

Alvorada: Festa realizada durante a madrugada e anuncia o início de um evento.

Alvorada do Boi: Festa anunciando o início do Festival do Boi Bumbá.

Amo do boi: É o dono da fazenda e pai de Sinhazinha. Ele exige que seus vaqueiros cuidem e protejam o seu boi. No Festival de Parintins entoa versos exaltando o boi.

Anavilhanas, ou Arquipélago das Anavilhanas: Maior arquipélago fluvial do mundo, situado 100km ao norte de Manaus, onde o rio Negro em mais de 20km de largura. É uma reserva ambiental protegida.

Apresentador: Mestre de cerimônia, porta-voz do seu Bumbá. Encarregado de agitar as torcidas, animar a galera, atento a cada ítem, durante toda a apresentação.

Arraial: O comércio de comidas típicas e a promoção de atividades sócio-culturais.

Asa dura: Avião.

Auto: A apresentação folclórica.

Baixa: Como também é chamada a Baixa de São José.

Baixa do São José: Local da fundação do Boi-bumbá Garantido.

Banana pacovan: conhecida como banana da terra, podendo ser utilizada em vários pratos típicos do norte.

Batucada: Nome dado aos músicos do Boi Garantido. Seu nome deve-se ao ritmo da percussão, seus principais instrumentos.

Boi: Boi de pano, razão de ser do festival Folclórico do Boi Bumbá; Todo o conjunto: músicos, tribos, brincantes e o próprio boi, que se apresentam no bumbódromo de Parintins; O Boi Garantido; O Boi Caprichoso; Os Bumbás.

Boi-bumbá: Rica manifestação cultural. Estudiosos apresentam duas versões para explicar seu surgimento: uma delas, que teriam sido escravos e pessoas simples; outra, que estaria relacionado a elementos orientais e europeus do Boi-de-Canastra de Portugal. Lenda do fazendeiro que tinha um boi querido por todos, que sabia até dançar.

Boiuna: Do Tupi, cobra preta. A grande Sucurijú (sucuri), uma das maiores cobras do mundo, não venenosa, possui grande força muscular para enroscar-se em suas presas e triturá-las até os ossos, preparando-as para a deglutição. Podem atingir até 11m. Lendas exagerando-lhe o porte e as proezas a coloca em numerosas narrativas.

Brincante: Cada uma das pessoas que acompanha o boi, dentro do Bumbódromo. O nome vem do fato de se considerar o boi uma brincadeira - os brincantes.

Bumbá: O conjunto de músicos, tribos, brincantes e o próprio boi que se apresentam no bumbódromo de Parintins. Boi Caprichoso; Boi Garantido; Bois de Parintins; Interjeição onomatopaica indicando estrondo de pancada ou queda - significaria "bate", ou "chifra, meu boi".

Bumbá-meu-boi: Festa popular realizada em várias regiões; folcloristas fazem referência à confraternização pela chegada do Menino Deus entre os homens.

Bumbódromo: Centro Cultural de Parintins, situado entre a Av. das Nações e a Rua Paraíba. Inaugurado em 1988, com capacidade para 35 mil pessoas. Local onde se apresentam os bumbás, durante o Festival. Fora da época do Festival, o local torna-se uma escola com 1'8 salas de aula, com toda infraestrutura necessária para as instalações.

Caboclo: Mestiço de branco com índio.

Capacete: Cocar indígena de 2 a 3 metros, representando um um tema do Festival. O brincante que vestem o capacete é conhecidos como tuxauas.

Caprichoso: Boi de Parintins, nascido em 1913. Suas cores são azul e preta.

Carapanã: Moriçoca, mosquito.

Catirina: [Ver Mãe Catirina].

Contrário: Denominação dada ao boi adversário. O simpatizante de um determinado boi jamais pronuncia o nome do boi adversário, tratando-o sempre como "o contrário".

Cuca: Personagem do folclore, com aparência indeterminada, como um bicho-papão feminino, que amedronta crianças.

Cunhã: Menina; moça.

Cunhanporanga, Cunhã Poranga: A mulher mais bela da tribo, que encanta o coração dos querreiros indígenas; sacerdotisa. Cunhã Poranga: Moça bonita - cunhã = moça, poranga = bonita.

Cunhatã: Criança; menina; moça.

Curimatã: Peixe de água-doce, que se alimentam de lodo.

Curral: Local onde se localizam os ensaios. Cada um dos Bois tem o seu próprio curral, o da Batucada - Garantido e o da Marujada - caprichoso.

Curumim: Menino, garoto.

Curupira: Protetor da floresta, caracterizado pela esperteza, ilude, deixa rastros, levando quem se aventura mata adentro a se perder. Representado por um duende de cabelos ruivos e pés invertidos, com calcanhares para frente e dedos para trás.

Encarnado: Cor do Boi Garantido, vermelho.

Evolução: Quando o boi de pano está se apresentando, na arena do Bumbódromo.

Figura: Personagens do Festival. Pode ser, por exemplo, o Boi, o Pai Francisco etc.; Símbolo das lendas e do folclore regional.

Forro: Nome dado aos bailes populares.

Francesa: Bairro da cidade de Parintins.

Galera: Torcida organizada de cada um dos bumbás. A galera é parte integrante do Boi, é julgada pela animação. Marca as cores de cada boi. A guerra das galeras é um espetáculo formidável do Festival. De acordo com o regulamento, durante a apresentação de um boi, a torcida contrária deve ficar em completo silêncio.

Galpão: o mesmo que curral.

Garantido: Boi nascido em 1913, da promessa de Lindolfo Monteverde - fundador do Boi; Boi do Povão; Boi cujas cores são vermelha e branca.

Gingado: Bailado com a cadência dois para cá, dois para lá, básico para as toadas do Boi-Bumbá.

Guarani: Índio da América do Sul; Língua falada pelos índios Guaranis; Muitas tribos foram dizimadas.

Jaraqui: Peixe saboroso da região do Amazonas. Popular, de baixo preço e abundante. Um ditado popular diz: "Quem come jaraqui, não sai mais daqui".

Juruna: Tribo do tronco Tupi, habitante do Parque do Xingu.

Juteiro: Agricultor da juta.

Kuarup: Cerimônia indígena realizada quando morre um tuxaua, ou um homem de valor.

Lapada: Meia garrafa de aguardente.

Lendas amazônicas: As lendas amazônicas são parte da apresentação dos bumbás no Festival Folclórico de Parintins. Geralmente baseadas na cultura indígena, as lendas são cantadas e representadas, ilustrando o folclore de um povo.

Mãe Catirina: Também conhecida, esposa de Pai Francisco - figura burlesca da lenda do Bumba Meu Boi.

Manaus: Capital do estado do Amazonas. Palavra originada da tribo indígena que habitava as margens do rio Negro, onde hoje está localizada a cidade. Grande potencial turístico, flora e fauna exuberantes. Fuso horário correspondente a uma hora de atraso em relação a Brasília.

Maranhon, ou Marañon: Nome do rio, no Peru, que nasce nos Andes e depois vai formar o rio Amazonas.

Marujada: A Marujada de Guerra é o grupo que sustenta o ritmo durante toda a apresentação do Boi-Bumbá Caprichoso, no Festival Folclórico de Parintins, sob o comando e a direção de 2 ou 3 maestros. Um conjunto de músicos que tocam instrumentos de percurssão para acompanhar o Boi durante sua apresentação no Bumbódromo. O nome, Marujada, deriva de um outro brinquedo folclórico da Região Norte do Brasil, os Marujos.

Marujada de Guerra: Nome dado ao conjunto de músicos que acompanha a evolução do Boi Caprichoso.

Maués, ou Mawé, ou Sateré-Maué: Povo indígena que habita a região do médio rio Amazonas, compreendendo os municípios de Maués, Barreirinha, Parintins, Itaituba e Aveiro. Inventores da cultura do guaraná, foram eles que criaram o processo de beneficiamento, sendo hoje conhecido e consumido no mundo inteiro. Atualmente são bilíngües, falam o sateré-maué e o português. Sateré quer dizer "lagarta de fogo" -significado este, que faz referência ao clã desta comunidade; Maué quer dizer "papagaio inteligente e curioso" e não tem referência de cunho hierárquico.

Morena Bela: garota que acompanha o levantador de toadas do Boi Garantido.

Pai d´égua: Bom sujeito.

Pai Francisco: Marido da Mãe Catirina, e é um empregado da fazenda. Com medo do filho não nascer com saúde, satisfaz o desejo da esposa grávida, que é comer língua de boi, matando um dos bois de seu amo.

Pajé: Chefe espiritual das tribos indígenas; autoridade máxima; conhecedor dos encantamentos místicos utilizados para expulsar maus espíritos (cantos, rituais, medicamentos preparados com ervas, raízes, sementes etc); um misto de sacerdote, médico, curandeiro e feiticeiro. Responsável pela introdução de algumas drogas na farmacopéia moderna. Capaz de manipular venenos, narcóticos, sedativos e estimulantes. No Festival de Parintins, durante a evolução do Bumbá, o Pajé é o índio feiticeiro, uma das figuras mais importantes da apresentação - figura central no ritual do boi -, que por meio da pajelança, conjunto de danças e invocação de espíritos, encontra a receita para a cura.

Palmares: Bairo tradicional da cidade de Parintins.

Palminha: Dois pedaços de madeira em forma retangular usados como instrumento para marcar o ritmo das toadas.

Parque Nacional do Xingu: Localizado no Estado do Mato Grosso, reserva indígena implementada pela política de valorização da cultura indígena, com o propósito de evitar a marginalização e o desaparecimento dos grupos indígenas. Abriga terras e aldeias de diversas tribos.

Parintins: Município do estado do Amazonas, próximo da divisa com o Estado do Pará. Localizado na Ilha Tupinambarana, acessível somente por barco ou avião.

Parintintin: indígena do grupo parintintins.

Parintintins: Grupo indígena do sudeste do Amazonas, entre os rios Madeira e Marmelos.

Pávulo: Termo utilizado pela população de Parintins para designar uma pessoa esnobe. Gíria: metido, fanfarrão.

Perreché: Qualidade de uma pessoa que não é recomendável; pessoa inconveniente. Na gíria: "Caboclo do pé rachado".

Pico da neblina: Pico mais alto do Brasil, com 3.014 metros de altura, localizado no município de São Gabriel da Cachoeira, a noroeste do Estado do Amazonas.

Pirarucu: É o maior peixe fluvial. Carnívoro, nativo da bacia Amazônica, chega a medir mais de 2 metros de comprimento e até 160 Kg de peso. Sua língua, muito áspera, é utilizada para ralar, dentre outros produtos, o guaraná. As escamas, grandes e consistentes, são utilizadas artesanalmente.

Popear: Remar na popa da canoa.

Porantim: Peça de madeira semelhante a uma clave, com desenhos significativos para os povos das tribos Sateré-Maué, que se referem a ele como sua Constituição, seu legislador, sua Bíblia. São lhe atribuídos poderes mágicos, religiosos e místicos.

Porta-Estandarte: Uma indía que carrega o símbolo do Boi, movimentando-se com graciosidade, enaltecendo o estandarte que leva consigo.

Putiranga: Interjeição que expressa admiração ou espanto, particular da região.

QG: Quartel General, cada um dos lovais onde se reunem os Bumbás, isto é, Garantido e Caprichoso - cada qual tem o seu QG. Lá se encontram as diretorias, as torcidas e também onde são confeccionadas as alegorias e fantasias.

Remanso: O movimento de ondulação das águas.

Rio Amazonas: Principal artéria da Amazônia, irrigando aproximadamente 6 milhões de quilômetros quadrados. Apresenta aspectos curiosos pois a largura e a velocidade do rio são dinâmicos, devido às enchentes e às muitas ilhas que se formam. É generosamente navegável menos no encontro com o mar, quando apresenta o fenômeno da pororoca - violento e estrondoso, podendo ser ouvido a quilômetros de distância.

Rio Negro: Afluente do rio Amazonas, destaca-se pela cor escura de suas águas, em constraste com o Amazonas. É intrigante observar o encontro das águas, que custam muito a se misturar.

Ritual: Cerimônia conduzida pelo Pajé, é o ponto mais esperado da apresentação quando fogos de artifício e efeitos luminosos irrompem no Festival. Geralmente, apagam-se as luzes do bumbódromo enquanto os participantes, que assistem o espetáculo, acendem candeias - pequenas luzes - proporcionando um espetáculo à parte. Originalmente, o objetivo era ressuscitar o Boi morto. Na temática indígena do Festival de Parintins, este é o momento que o Pajé luta contra as forças do mal.

São João: Santo que batizou Jesus Cristo. É o santo escolhido pelos criadores dos Bois de Parintins quando fizeram suas promessas.

São José: Foi casado com Maria, mãe de Jesus Cristo.

São José Operário: Nome do bairro onde o Boi Garantido foi fundado.

Saritó: [ver tucandeira].

Sateré-Mawé: [Ver Maués].

Sete-estrelo: Lenda sobre a origem da Constelação Plêiades.

Sinhazinha da fazenda: A filha do Amo, dono da fazenda. A moça bonita, considerada o mimo da casa, é uma das figuras tradicionais do Boi bumbá e sempre um dos destaques da evolução. A coreografia inclui um movimento em que ela coloca as mãos sob o rosto, espalmadas para baixo, dando-lhe extrema graciosidade.

Tacacá: Comida típica, feita com tapioca (a goma da mandioca), camarão, pimenta malagueta, tucupi (variedade de peixe).

Tambaqui: Peixe da bacia amazônica, muito apreciado na culinária.

Tarrafa: Rede de pesca artesanal.

Tique: Tenso.

Toada: Canção popular. Música cantada durante a apresentação dos Bois.

Tribo: No Festival de Parintins as tribos devem representar índios nativos da Amazônia, com vestimentas, coreografias e movimentos originais e fiéis às suas raízes.

Tripa do boi: Brincante que veste o boi de pano e faz a evolução do bumbá; pessoa que brinca em baixo do boi, responsável pelos movimentos durante a apresentação.

Tucandeira: Conhecida como tocandira (Paraponera clavata), formiga da região Amazônica, carnívora, agressiva, dotada de grandes ferrões e chega a medir 22mm. A picada provoca forte dor durante um período de aproximadamente 12 horas. Algumas tribos testam a valentia dos jovens submetendo-os à picada da tocandira. Após este ritual de iniciação sexual, estão aptos para o casamento.

Tucumã: Fruto do tucumãzeiro, abundante na região do médio Rio Amazonas.

Tupã: Trovão, em tupi-guarani. Palavra sem representação divina até que os Jesuítas, na época da catequisação, adotaram-na para representar a idéia uma divindade suprema, o Deus Cristão. Deus do Bem, no lendário indígena. De acordo com algumas fontes, "espírito cruel do trovão". O antigo sentido desta palavra foi escolhido pelos Jesuítas do século XVI para nomear o Deus cristão aos índios convertidos.

Tupinambarana: Ilha no Amazonas (Parintins); índío pertencente ao grupo dos tupinambás que migrou para a ilha Tupinambarana.

Tupinambás: grupo indígena, hoje considerado extinto, da família linguística tupi-guarani.

Tupi: Indígena de qualquer dos grupos tupis.

Tuxáua: Chefe guerreiro de uma tribo; É destaque durante o Festival de Parintins, representando o chefe de uma tribo. Seus trajes são compostos por cocares, simbolizando a sabedoria.

Uirapuru: Pássaro típico da região amazônica com um canto exuberante e de grande beleza, que contribuiu para incluí-lo na lenda do folclore nortista, como sendo portador de boa sorte.

Vaqueiro: Personagem do boi-bumbá, que vai festejar o boi. Representa o peão da fazenda.

Vaquejada ou vaqueirada: Conjunto vaqueiros que dançam em volta do boi. Trazem o boi no início e se apresentam novamente na despedida do boi, ao final do espetáculo.

Vermelho: Cor do Boi Garantido e nome da música de Chico da Silva que ficou famosa em todo o Brasil, quando os bois passaram a ser conhecidos nacionalmente, em 1996.

Vitória Amazônica: Vitória Régia.

Voadeira: barco veloz com motor de popa.

Xamã: O feiticeiro da tribo, o pajé.

Xingu: Rio que nasce no estado do Mato Grosso e corre em direção ao norte, atravessando os estados de Mato Grosso e do Pará desaguando no Amazonas. Apesar da profundidade favorável não é completamente navegável devido à muitas cachoeiras.

3 comentários:

  1. gostei,amei,foi perfeito pro meu trabalho.obg!!

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  2. preciso se 30 gírias paraibanas, alguem pode m ajudar p favor, é para um trabalho escolar. obrigada.

    vaniapeblicidade218@hotmail.com

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  3. preciso se 30 gírias paraibanas, alguem pode m ajudar p favor, é para um trabalho escolar. obrigada.

    vaniapublicidade218@hotmail.com

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